Pró-Paraná e IEP criam grupo de trabalho para analisar questões relativas à derrocada da Pedra da Palangana

04/2019 – Porto de Paranaguá. Foto: José Fernando Ogura/ANPr
04/2019 – Porto de Paranaguá. Foto: José Fernando Ogura/ANPr

O Comitê de Infraestrutura do Movimento Pró-Paraná e do Instituto de Engenharia do Paraná (IEP) se reuniu nesta terça-feira (27) para discutir as questões que envolvem a derrocagem da Pedra da Palangana, localizada no Canal da Galheta, em Paranaguá, no litoral paranaense. O objetivo da obra do Governo do Estado é dar mais segurança à navegação e reduzir riscos ambientais na entrada do Porto de Paranaguá. Com a remoção dos pontos mais rasos do complexo de rochas subterrâneas, o risco de encalhe de navios será menor. A profundidade atual, que no trecho mais crítico é inferior a 12 metros, será ampliada e a expectativa é que passe para 14,6 metros.


A derrocagem está inserida na Licença de Instalação 1144/2016, da dragagem de aprofundamento de 2017/2018, e seguiu todos os passos exigidos pela legislação, incluindo a realização de audiência pública e programas de comunicação social. O investimento previsto é de quase R$ 23 milhões e a licença para a execução foi concedida pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). O órgão avaliou e autorizou os programas de monitoramento, ações mitigadoras e compensatórias para a obra.

A explosão tem gerado protestos locais, que tentam impedir o processo que irá aumentar a profundidade do canal da Galheta. No final do mês de junho, o processo foi suspenso por ordem judicial. Por isso, o assunto foi discutido na reunião semanal do Comitê de Infraestrutura.

O Pró-Paraná alerta que hoje se encontra ameaçada toda a perspectiva de progresso advinda do ganho competitivo que a obra da derrocagem da Pedra da Palangana trará para a sociedade paranaense e para o Brasil, além disto, coloca sob ameaça a continuidade de operações que podem ser realocadas em para portos com mais vantagens comerciais e capacidade para embarcações de maior porte.

Para os membros do Comitê, a modernização e ampliação da estrutura portuária do Paraná é uma questão estratégica para o setor produtivo, posto que incentiva novos investimentos, gerando riqueza e promovendo a criação de novos postos de trabalho.

Com objetivo de analisar todas as questões que envolvem o assunto, foi designado um grupo de trabalho para estudar com mais profundidade o tema e propor sugestões de encaminhamento. “Estamos preocupados com esse assunto, buscando a melhor solução para a questão”, pontuou o coordenador geral do comitê, Luiz Roberto Bruel.

O presidente do IEP, Nelson Gomez, destacou o cunho orientativo da reunião. “É esse o objetivo desse grupo: tentar construir um caminho melhor para a sociedade paranaense. Vamos continuar trabalhando no que acreditamos ser a rota certa para o desenvolvimento do nosso estado”, afirmou.

Carta

No começo de julho, o Movimento Pró-Paraná e o Instituto de Engenharia do Paraná (IEP) se uniram ao G7, grupo que reúne entidades do setor produtivo do Paraná, para assinar carta conjunta em apoio à empresa Portos do Paraná pela obra de derrocagem da Pedra da Palangana. A decisão judicial em sede liminar que suspendeu o início da operação tomou por base a Ação Civil Pública nº 5041964-50.2021.4.04.7000, proposta pelo Ministério Público Federal.

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